Embora
haja atualmente tanto saber em tão variados campos, isso não faz
cessar a brutalidade do homem para com o homem, mesmo entre membros
de um mesmo grupo. É possível que o saber esteja nos tornando cego
para o que bem pode representar a solução real de toda essa
confusão e miséria.
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Estamos acostumados a ser dirigidos pela autoridade e pelo
guia. O desejo de ser guiado surge do desejo de segurança, de
proteção, e bem assim do desejo de sucesso, bom êxito.
Na nossa ânsia de segurança, não só como indivíduos, mas
também como grupos, nações e raças, não construímos um mundo
onde a guerra, por dentro e por fora de uma dada sociedade, se tornou
a principal causa de apreensão?
A paz é um estado de espírito; é o estado livre de todo e
qualquer desejo de segurança. A mente-coração, se busca a
segurança, terá sempre a persegui-la a sombra do medo. Nosso desejo
não é apenas de segurança material, porém, muito mais, de
segurança interior, psicológica. E é esse desejo de segurança,
interiormente, por meio da virtude, da crença, ou por meio de uma
nação, que cria grupos e idéias cheias de limitações e portanto
antagônicas.
Esse desejo de segurança, faz surgir a aceitação de
dirigentes, a autoridade dos líderes, Salvadores, Mestre. Estamos
procurando compreender o desejo de ser dirigido, não é verdade? que
impulso é esse? Não é produto do medo?
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A família como meio de mútua segurança interior é um fator
de conflito e confusão.
O amor nunca é segurança; o amor é um estado em que não
existe desejo de estar em segurança; é um estado de
vulnerabilidade; é o único estado em que a exclusão, a inimizade e
o ódio são impossíveis.
Nesse estado uma família pode tornar-se existente, mas nunca
será exclusiva, egocêntrica.
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Meditação é libertar a mente de toda desonestidade. O pensamento gera
desonestidade. O pensamento, no seu esforço para ser honesto, é
comparativo e, portanto, desonesto. (…) Meditação é o movimento
dessa honestidade no silêncio.
Opa,
Massa o Blog e os textos. E viva o Tormento dos Vizinhos.
Abs,
Zimath