
A bicicletada, antes de tudo, não é apenas um passeio ciclístico,
tampouco, apenas um protesto. É um passeio crítico, uma coincidência
organizada, e por isso escolhemos o horário de pico para pedalar.
Joinville é um caso típico da insustentabilidade dos automóveis. A
cidade, como tantas outras no país e no mundo, já não possui estrutura
para suportar o fluxo de tantos carros, principalmente nos horários de
pico. Ninguém realmente pode correr nesta hora e está cada vez mais
difícil andar rápido de carro (para felicidade dos que atravessam as
ruas). De forma contraditória, Joinville, é considerada a cidade das
bicicletas, mas somente os ciclistas notam que a cidade tem menos de
meia dúzia de ciclovias.
Antes da tirania dos automóveis, as cidades costumavam ser um espaço de
convivência, as ruas e praças eram lugares para se estar. Hoje, com as
modificações causadas pelo crescente uso de carros, as cidades
tornaram-se barulhentas, cinzas, fedorentas e as ruas apenas lugares
para se passar.  40 mil mortes por ano causadas por acidentes de carro,
efeito estufa, buracos na camada de ozônio, e a mídia continua dizendo
que precisamos comprar mais carros para sermos socialmente aceitos.
Todo o processo de degradação do ambiente e o aquecimento global é
acelerado pela fumaça dos automóveis. Se não fizermos algo agora, num
futuro não muito distante a superfície de nosso planeta irá tornar-se
tão hostil à sobrevivência quanto às superfícies de Marte ou de Vênus.
Nós pensamos a bicicleta como um meio de transporte. Nós e as milhares
de pessoas que não têm um carro ou preferem usar a bicicleta para
trabalhar, estudar e se locomover. A utilização da bicicleta consiste em
uma prática ecológica, saudável e divertida. Venha pedalar conosco em
todas as últimas sexta-feiras do mês! Venha de bicicleta skate, patinete
ou patins! Só não venha de carro!
Local de encontro: Praça do Mercado Municipal
Horário: 18h
Quando: Toda última sexta-feira do mês, começando em 25/01/2008
Trajeto: A ser definido no início da bicicletada

 Ao falar sobre música como forma de resistência e/ou indignação em relação às atrocidades da ordem vigente, normalmente pensa-se em movimentos como o Folk estadunidense (notoriamente Woody Guthrie e seu pupilo Bob Dylan) e o Punk, que  espalhou belas práticas como a do faça-você-mesmo. Mas há um paralelo africano com esses movimentos que infelizmente é pouquíssimo conhecido, o Afrobeat. Criado por Fela Ransome Kuti, o Afrobeat é uma mistura de jazz, funk e ritmos tradicionais africanos (highlife music). Fela Kuti nasceu na Nigéria e na juventude mudou-se para Londres a fim de estudar medicina, mas foi a música que capturou sua essência. Na Inglaterra mesmo, ele formou a banda ‘Koola Lobitos’.
 Ao falar sobre música como forma de resistência e/ou indignação em relação às atrocidades da ordem vigente, normalmente pensa-se em movimentos como o Folk estadunidense (notoriamente Woody Guthrie e seu pupilo Bob Dylan) e o Punk, que  espalhou belas práticas como a do faça-você-mesmo. Mas há um paralelo africano com esses movimentos que infelizmente é pouquíssimo conhecido, o Afrobeat. Criado por Fela Ransome Kuti, o Afrobeat é uma mistura de jazz, funk e ritmos tradicionais africanos (highlife music). Fela Kuti nasceu na Nigéria e na juventude mudou-se para Londres a fim de estudar medicina, mas foi a música que capturou sua essência. Na Inglaterra mesmo, ele formou a banda ‘Koola Lobitos’. No auge de sua rebeldia – e megalomania -, Fela juntou seus seguidores e fundou a república de Kalakuta, declarando-a independente da Nigéria. O lugar, um conjunto de casas pintadas de amarelo e cercadas por arame farpado, tornou-se o lar perfeito para o retorno às raízes africanas que Fela tanto buscava em suas canções. O músico passava a maior parte dos dias sentado em um trono, vestindo apenas uma tanga e fumando baseados de maconha egípcia que impressionavam pelo tamanho. Para completar, casou-se com 27 mulheres de uma só vez, em uma cerimônia tribal que faria inveja a qualquer rockstar americano.
No auge de sua rebeldia – e megalomania -, Fela juntou seus seguidores e fundou a república de Kalakuta, declarando-a independente da Nigéria. O lugar, um conjunto de casas pintadas de amarelo e cercadas por arame farpado, tornou-se o lar perfeito para o retorno às raízes africanas que Fela tanto buscava em suas canções. O músico passava a maior parte dos dias sentado em um trono, vestindo apenas uma tanga e fumando baseados de maconha egípcia que impressionavam pelo tamanho. Para completar, casou-se com 27 mulheres de uma só vez, em uma cerimônia tribal que faria inveja a qualquer rockstar americano.